quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O QUE É UM CAFAJESTE?

Cafajeste é um nome que está associado de certa forma a características um tanto pejorativas, mas que de certa forma, para alguns homens pode parecer um elogio. Talvez cafajeste seja o masculino de safada, ou quem sabe até, libertina. Mas a questão não é qual o feminino de cafajeste, e sim, o que exatamente é. Se você estivesse andando no meio da rua, e de repente alguém lhe parasse e perguntasse "Hey, o que é cafajeste?", você saberia guiar essa pessoa pelo caminho da luz e do saber?

Algumas mulheres poderiam simplesmente dizer que se trata de um homem que encanta, seduz e depois destrata. Mas aí estaríamos falando de um nicho ecológico, o que ele faz, e não o que é, na essência da palavra.

Então poderíamos procurar algumas características que pudessem atribuir e complementar esse adjetivo. Ser cafajeste é ser sedutor? Talvez sim, talvez não (mais a frente responderei com maior exatidão). Ser cafajeste é ser desleal? Acredito que não. Ser cafajeste é ser trapaceiro? Também sinto que não. Ahh, já sei! Ser cafajeste é ser homem? "Muito provavelmente", você pensa.

Apensas procurando palavras ao vento para descrever é difícil dizer o que é um cafajeste. Então vejamos, quem nós temos como referência à um cafajeste? Eu citaria James Bond de primeira. Acho que Charlie Harper - e Sheen também - deve entra nessa conta.Hmm, Hank Moody com certeza faz parte desta lista. Talvez o ex-namorado de alguma amiga que você conheça. Ou quem sabe até mesmo alguém na sua família.


Talvez algumas mulheres diriam que ser cafajeste é seduzir e depois desfazer-se da mulher. Além de outras características um tanto pessimistas como infiel, cachorro, safado, imprestável, abusado, canalha, pilantra, desgraçado e em casos extremos até filho da puta (O que a mãe tem haver?). Alguns podem achar que cafajeste e canalha são sinônimos, mas não são. Embora um cafajeste possa ser um canalha.

Canalha é o cara que destrata pelo prazer de fazer mal, ou olhando somente para suas ambições. O canalha é aquele tipo de homem que não está interessado nos sentimentos e emoções da mulher. Ele elogia dá emoções boas não porque se importa, mas pela sensação de controle e poder que isso deixa nele. Canalhas se prendem em relacionamentos sérios com maior frequência que um cafajeste, não pelo compromisso, mas porque ele está disposto a tudo para levar quem ele quer para cama. Mas não preciso dizer que esse compromisso aos olhos dele é totalmente de fachada né? Isso é também um conselho para as mulheres que forçam compromissos: relacionamento é algo que tem que partir da vontade dos dois, e não da sua greve de sexo.

                              Mas afinal de contas, o que é um cafajeste?

Ser cafajeste é ser um homem apaixonado. O problema - ao menos nos olhos delas - é que essa paixão é igualmente dividida entre todas as mulheres. Cafajestes dificilmente se prendem a relacionamentos sérios, pois adoram a conquista e amam dar prazer as mulheres - ao contrário do canalha que só está preocupado com os prazeres dele.

Quando digo que um cafajeste não gosta de relacionamentos sérios, não é porque ele é incapaz de gostar de uma mulher. É porque ele é incapaz de gostar de apenas uma única mulher. É como forçar alguém a comer só um prato todo dia. Você pode até adorar comer feijão, mas se comer feijão todo dia, hora ou outra você cansa, concorda?

Porém isso não muda o fato de que cafajestes amam estar ao lado de mulheres, dar-lhes momentos agradáveis e sempre que possível desfrutar de suas companhias. 
Cafajestes não mentem (a menos que estejam sendo pressionados). Um cafajeste não pedirá uma mulher em namoro, a menos que realmente esteja engajado nesta ideia e disposto a levar o relacionamento a sério. O que pode acontecer é de um cafajeste ser arisco, e estar sempre na evasiva quando esse assunto pinta no ar. Mas ele faz isso porque gosta de estar ao lado da mulher, mas não quer nada sério.

Cafajestes são charmosos e sentem prazer pela conquista. Não é a toa que cafajestes adoram as mulheres mais difíceis. Eles gostam pois a dificuldade do jogo torna o prêmio mais prazeroso, e o jogo da conquista é divertido se a mulher também souber jogar (Quando digo isso, não tem nenhuma relação com cu-doce ou se fazer de difícil).

O sonho de toda mulher é botar um cafajeste na coleira. Isso pois cafajestes são homens que sabem como tratá-las e dar-lhes bons momentos, mas como disse, não querem nada sério. E isso as enlouquece - principalmente as mais possessivas e ciumentas - que acabam fazendo joguinhos e manipulações afim de fazê-lo optar pela aliança.

Mas uma má notícia meninas: o verdadeiro cafajeste dificilmente lhe pedirá em namoro. E quando digo dificilmente, é difícil mesmo. E mesmo que hora ou outra o fizesse, acabaria ficando infeliz com o tempo, levando o relacionamento a falência. Porque isso é levá-lo ao oposto de sua natureza. Como engaiolar um passarinho.

Portanto essa definição de cafajeste é também subjetiva: pois homens que amam à todas as mulheres existem aos baldes. Mas podem ter certeza, que aqueles que gostam de dar prazer a elas e ser livres ao mesmo tempo, são poucos, mas são bons no que fazem.

NOTA DE REPÚDIO: REVISTA VEJA DEMONIZA ESTUDANTES DA USP

Com autoria de Marcelo Sperandio, a revista VEJA de 9 de novembro traz reportagem sobre os alunos que ocuparam a reitoria da Universidade de São Paulo, texto em que os estudantes são tratados com um tom desrespeitoso e inesperado para a prática jornalística.
Os ativistas são descritos como "birrentos", "vândalos" e "filhinhos de papai". A reportagem insinua que a única bandeira dos alunos é a descriminalização da maconha, ou ainda, um suposto desejo de poder usar a droga ilegal no campussem a interferência da polícia. O artigo parece ter sido escrito sem uma única entrevista para saber a posição dos manifestantes, com uma tentativa de desqualificá-los pela porcentagem minoritária que têm frente ao número total de estudantes da USP, numa concessão subliminar à ditadura da maioria em vez de ao mérito das necessidades e argumentos em questão.

Ocupações de reitorias em universidades públicas têm acontecido repetidamente no país nos últimos anos. Na opinião de alguns como Zuenir Ventura (autor do livro "1968: o ano que não terminou"), a medida da ocupação é drástica e exagerada. Mas julgar os métodos é bem diferente de julgar as ideias. Independente da natureza dos métodos inadequados de ativismo dos estudantes, é preciso ouvir quais são seus argumentos e reivindicações, em vez de tentar desqualificá-los pelo vestuário, idade ou classe social.

Agora que foram retirados à força do prédio, e há denúncias de centros acadêmicos sobre cerceamento da liberdade de outros estudantes por parte da força militar, perguntamos se é um caso que se encaixa na avaliação da Human Rights Watch, que aponta a truculência antidemocrática da força policial brasileira como um problema crônico no país. Hárelatos até de discriminação da força policial contra manifestações de homoafetividade entre estudantes na USP.

VEJA e outros órgãos de imprensa estão capitalizando sobre o absoluto preconceito vigente sobre o uso da Cannabis que persiste no Brasil e está sendo corajosamente combatido porFernando Henrique Cardoso e todos aqueles que estão do lado da ciência e da verdade sobre os danos da política antidrogas, especialmente no caso desta erva ritualística dos citas.

É completamente irrelevante, e uma forma de preconceito de classe, apontar se os alunos usam roupas de tal marca ou se são fidalgos. É surpreendente que haja um clima noticioso depreciativo contra os estudantes, quando frequentemente quem se comporta de forma muito mais nociva são dirigentes de universidades, como o ex-reitor da UnB Timothy Mulholland, que renunciou após ser denunciado por improbidade administrativa (o caso da famosa lixeira de 900 reais); e o próprio reitor da USP João Grandino Rodas, que enfrenta acusações da Faculdade de Direito, que o nomeou ineditamente com o título de persona non grata.

Se as denúncias contra ambos administradores procedem, certamente são casos bem piores do que fumar maconha, sob próprio risco individual. (Risco que é pequeno, dado o conhecimento científico sobre o tema; e que é tão culpável pela violência e pelo tráfico quanto o álcool é culpável por Al Capone.)

Dados os motivos acima, repudiamos a reportagem de Sperandio veementemente, e repudiamos o absoluto mau gosto e amadorismo jornalístico de VEJA por publicá-la, que assim só contribui para a ignorância, o preconceito e a supressão do debate honesto no nosso país.

Atenciosamente,

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Hackers derrubam 40 sites com pornografia infantil

O grupo de hacker ativista Anonymous conseguiu derrubar por um curto período de tempo cerca de 40 sites que, segundo o grupo, comercializam imagens de abuso sexual infantil. Como parte da ação, o grupo publicou os nomes de cerca de 1.500 pessoas encontradas no site "Lolita City", que podem ser usuários cadastrados no site ou pessoas envolvidas no seu desenvolvimento e administração.


Os ataques foram realizados como parte da "Operação Darknet", que tem como objetivo detectar grupos que compartilha, pornografia infantil através da rede Tor. Especialistas em tecnologia condenaram os ataques, dizendo que o Anonymous poderia ter minado as investigações das autoridades ou até ter eliminado possíveis provas contra os envolvidos.

A rede Tor ajuda no anonimato do internauta, evitando que o sistema detecte quem é o usuário que está acessando aquela rede, dificultando as consultas do IP por roteamento de navegação. A rede oferece uma série de servidores para utilização, o que dificulta o rastreio e monitoramento das atividades dos usuários. Muitos manifestantes de países em conflito político, como o Egito e a Síria, usaram o Tor para esconder a sua localização das autoridades.

Uma das novidades recém-adicionadas ao Tor é a capacidade de criar uma "darknet", uma rede que funciona de forma semelhante à internet como conhecemos, mas que pode ser vista apenas por usuários Tor. No começo do mês de outubro, os membros do Anonymous informaram que um site hospedado na darkent do Tor continha links para imagens de pedofilia e abuso sexual infantil.

O Anonymous conseguiu remover os links, mas eles foram re-postados rapidamente. Em um documento que detalha as suas ações, o grupo disse que ordenou que a empresa removesse o conteúdo ilegal do site. Alegaram que o pedido foi recusado e, por isso, invadiram a rede da empresa para desconectar uma série de computadores que armazenavam as imagens ilegais.

O Anonymous alerta que vai continuar os ataques até que as imagens e outros conteúdos sejam removidos por completo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Onze títulos e um segredo

No surf competitivo, normalmente os campeões do World Tour possuem uma marca ou manobra característica. Somadas a muito treinamento e versatilidade, elas os conduziram ao status de melhor surfista do mundo.

Podemos citar, por exemplo, a agressividade e energia do baixinho Tom Carroll, campeão de três Pipe Masters (1987, 90 e 91).

Ou a maestria na arte de entubar e traçar longos e perfeitos arcos com o grab rail de Andy Irons – maior perda do surf moderno na minha opinião.

Acontece que em toda regra existe uma exceção e, no surf profissional, o nome dela é Kelly Slater.

Depois de 20 anos no circuito mundial e 11 títulos mundiais conquistados, são inevitáveis os questionamentos: O que levou Kelly a esta marca tão impressionante? Qual é sua melhor manobra? Em que condições e mares ele surfa melhor? Como o seu surf conseguiu continuar competitivo depois de tantos anos?

Certamente, além do talento natural, Kelly sempre demonstrou um foco e competitividade em um nível bem acima dos demais atletas do tour. Mesmo com a sala de troféus abarrotada, o cara ainda entra nas baterias com uma sede de vitória quer talvez falte a surfistas como Taj Burrow ou Damien Hobgood, verdadeiros talentos que ainda buscam o promeiro título mundial.

A maior prova disto foi a dedicação e comprometimento de Slater no terceiro round do Rip Curl Pro Search, em buca de, nada mais nada menos, do que o seu 11º título mundial. Isso sem falar na capacidade de buscar notas altas em momentos críticos das baterias. Sangue frio que, independentemente de qual esporte, corre nas veias de um seleto grupo de campeões.

Quando nos perguntamos qual é a melhor manobra ou em que condições de onda Slater funciona melhor, as respostas são mais difícies.

Além de o endecacampeão mundial surfar com excelência tanto em marolinhas como em morras pesadas e tubulares – mesmo nascido na Flórida (EUA) –, Slater é um surfista que não se deixou marcar por uma manobra ou estilo de surfar específico.

Afinal, depois de tantos anos e títulos, o cara por várias vezes teve que adaptar seu repertório à evolução das manobras e critérios de avaliação dos juízes. Atualmente, por exemplo, Kelly faturou seu título abusando de manobras aéreas, manobras estas que, na época de seu primeiro título (1992), eram pouco executadas em competições e não agradavam os juízes da ASP.

A impressionante habilidade de evolução e mutação não deixa Kelly e seu surf envelhecerem.

Ao meu ver, aí está o segredo de Slater. Na conquista de 1992, ainda jovem, Kelly não era o msemo sufista que, depois de dolorosas derrotas para Andy Irons, retomou o caminho da vitória, em 2005, ou que acabou de faturar o seu 11º caneco, beirando 40 anos de idade.

A cada conquista Slater foi um homem e surfista diferente, surfou diante de diversos critérios de abitragem, várias condições de ondas, diferentes manobras do momento, sempre buscando evolução e testando novos equipamentos, e por isso, por ter sido onze surfistas diferentes e não o mesmo de 1992, o mutante Kelly Slater segue renovado e jovem.

Ano que vem, certamente, um novo Slater estará surfando nos melhores picos mundo afora, mesmo que fora do circuito.

Medina é fogo

Com apenas 17 anos e em sua quarta participação como top da elite mundial, o paulista Gabriel Medina voltou a fazer história ao subir ao topo do pódio do Rip Curl Pro Search, etapa do World Tour encerrada nesta segunda-feira, em ondas de 1 metro e séries maiores em Ocean Beach, San Francisco (EUA).

Pela segunda vez na carreira, Medina desbancou todos os adversários para erguer o cheque de US$ 75 mil.

Na decisão, ele espancou as direitas com belas patadas de backside para disparar na frente com 7.50 e 9.00, deixando o australiano Joel Parkinson em situação complicada.


É a primeira vez que o Brasil conquista três vitórias consecutivas na elite mundial. Foto: Ader Oliveira.
Parko esboçou reação com uma direita avaliada em 6.90, mas não conseguiu impedir mais uma vitória espetacular do garoto brasileiro.

É a primeira vez na história que o Brasil conquista três títulos consecutivos no World Tour. Antes de vencer em San Francisco, Medina havia dominado a etapa na França e Adriano de Souza levou a prova em Peniche, Portugal.

Para chegar à final, Medina teve uma trajetória muito parecida com sua campanha na França, onde conquistou sua primeira vitória no Tour.

Depois de perder para Slater na quarta fase, novamente com notas bastante contestadas pelo público, ele reagiu na repescagem, desta vez contra o australiano Matt Wilkinson, derrotado pelo apertado placar de 13.93 a 13.70 numa bateria definida nos instantes finais.

Escovada no careca Em seguida, Gabriel voltou a enfrentar o maior surfista da história. Desta vez o duelo foi mais tenso, com poucas ondas de qualidade.

A virada veio nos minutos finais, quando o brasileiro pegou uma esquerda da série, atacou o lip com velocidade para aplicar uma segunda manobra e acertou um aéreo muito alto na junção, recebendo 8.50 dos juízes.

Coincidemente, ele repetiu a semifinal da França contra outro veterano, Taylor Knox, e ditou o ritmo no outside. Com um surf ousado nas esquerdas, Gabriel abriu vantagem no placar com 6.83 e 7.67, para depois disparar de vez com 8.83 e 8.50.

Em situação complicada, Taylor somou 5.50 e conseguiu um belo tubo na última onda para somar 8.77 e sair da "combination".